sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ao nosso Pai

Pai,

Emoldurei-te ali,
naquela prateleira,
por onde passo
e me detenho,
em mim prazenteira.
Assim, posso ver-te,
apreciar o teu sorriso,
que permanece
na passagem deste piso.
Estás ao alcance
de um olhar,
de um acenar.
Pena,
não poder dialogar.
Terias que deixar a moldura,
passar por mim, de mansinho,
sem sofreguidão
e, como se nada fosse,
perguntar baixinho:

"-Que dia é hoje? Que horas são?"

maria eduarda (Eduardinha)

1 comentário:

didium disse...

Assim se entende o silêncio!