terça-feira, 30 de julho de 2013

XXXVI


36.

6, desde que te foste embora.

O doce sabor açucarado de hoje, mistura-se com um amargo que teima por vezes em ficar.
A esperança no olhar e o brilho do meu sorriso, confundem-se com cores menos vivas.
Os cheiros e sabores de outrora, vêm e vão... quais ondas que me arrastam para longe.
Esse "longe", onde agora TE encontras.

Memórias de um tempo e de um espaço perdidos. Gravados na eternidade que bate à velocidade do coração no meu peito, até que um dia a TI me junte. E aos outros.

São cada vez mais vocês, aí.
Somos cada vez menos cá.

E isso conforta-me.
Porque nem tu estás sozinho, nem eu ficarei assim "tão mais tempo deste lado".

Até "lá", daqui te envio um abraço.

Hoje falta-me o postal, o teu beijo. O teu toque e o teu cheiro.
Mas as histórias... ah... as histórias... estão tão vivas, que até daí:



me vejo
obrigado

a




S

O

R

R

I

R






ACASO
Armando CArdoso SOares

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