Quando tive a ideia da construção deste blog, Dezembro de 2007, pensei em aqui juntar as suas mais importantes memórias dedicadas ao voluntariado e em especial aos Bombeiros.
Mas, o Pai teve uma vida preenchida com outros afazeres, e resolvi dedicar o mês de Junho ao homem que também não usava farda.
Assim, desafio todos os autores deste blog, família, amigos, bombeiros, conhecidos, a contarem-nos uma história, um episódio que tenham vivido com ele ou simplesmente assistido.
Eu começo:
O Pai sempre conduziu depressa e muito concentrado. Em Angola, no Lubango, antes de ter transporte próprio, ia para o liceu a pé. Não era muito longe, mas era sempre a subir.
Naquele dia de mais calor não me apetecia ir a pé. Mas como sempre fui um homem sortudo, eis que avisto um bem conhecido Peugeot 404. Levantei os braços, coloquei-me quase no meio da estrada, mas o Peugeot não parou.
À noite, cansado, disse-me que tinha tido vários problemas delicados entre mãos.
Não lhe contei a cena do meu desespero, e acho que nunca lhe cheguei a contar. Mas perdoei-o.
Xinho
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