domingo, 10 de fevereiro de 2008

Começámos a esvaziar o gabinete do Pai

Algum dia teria que ser.

E foi hoje.

Lá se começou a retirar a imensidão de diplomas, louvores, condecorações, ofertas, medalhões, participações em seminários, colóquios, cursos... a maior parte deles o Pai sempre os teve em casa. Outra parte estava no Gabinete que tinha nos Bombeiros Voluntários do Dafundo enquanto Presidente da Direcção.

Eu, a minha mãe, o meu irmão Xinho e a minha cunhada Emanuela com a presença do velho amigo Comandante Carlos Jaime. No fundo também ele era como um filho do meu Pai. E é da família. De resto, os Bombeiros do Dafundo serão sempre a minha segunda casa.

Agora é um longo caminho a catalogar, inventariar, classificar tudo. Mais entrevistas, recortes de revistas, publicações... de facto desde os anos 80 que o Curriculum do Pai não anda direito.

Vale a pena travar este caminho. Só juntando tudo é que se tem uma noção clara da dimensão do Homem e da sua obra. E assim organizando-a, servirá para o olhar mais ou menos atento das gerações vindouras.

Mas lá que me custou ver as paredes vazias custou. Não pelas paredes em si. Mas pelo que significava. Mas há que seguir em frente.

Já bem basta a farda dele de Angola, que orgulhosamente representa Portugal num Museu no Japão, com direito a condecoração do Estado Japonês ao Pai.

É tempo de juntar tudo. E depois, só então depois se decidir qual o melhor e mais digno rumo a dar a tudo.

Publicada por Mandinho Dom 09-02-08 às 00:01:00 AM

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