sábado, 28 de fevereiro de 2009

Homenagem a António Vieira, 2º Comandante dos Bombeiros Voluntários do Dafundo

Aquilo que conheço do Tó Vieira, como era conhecido entre os amigos e os camaradas de farda, sei-o através de meu Pai. Sei que o admirava bastante, quer como ser humano, quer como Bombeiro Voluntário. As poucas vezes que privei com o Tó, deu para perceber que não era difícil gostar dele.
Morreu, em Agosto de 2004, num acidente de automóvel quando regressava de uma missão a Marrocos. Soube que foi uma altura difícil, de sofrimento para os Bombeiros do Dafundo e para o meu Pai.

No Jornal Bombeiros de Portugal, o 1º Comandante Carlos Jaime escreveu:

Também um cisne morre…
É-me difícil escrever sobre ti, Tó Vieira…sobre o problema da morte, sobre essa questão que o homem enfrenta desde que alcançou a faculdade de pensar.
Não é lícito negar o dom que tinhas, como Homem. Gracejavas por onde passavas, deixando testemunhos do que era ser um Homem que abraçou esta nobre causa de ser Bombeiro Voluntário.
O teu amor a esta nobre causa e à tua (nossa) Associação Humanitários dos Bombeiros Voluntários do Dafundo é lembrado por todos, e a tua partida deixou um enorme vazio entre nós.
Sempre foste dos primeiros, sempre lutaste por ideais… foste o companheiro com quem privei durante 24 anos nos nossos queridos Bombeiros.
Aqueles nossos sonhos que tínhamos para o futuro, por ti farei tudo para os realizar, mas um dia tens de me contar a tua missão a Marrocos, como tínhamos combinado ao telefone, minutos antes de partires para sempre com, a mais cruel das brutalidades que o destino nos pode dar.
Até sempre.
Estarás sempre nos nossos corações.
Carlos Jaime Fonseca e Santos
1º Comandante dos Bombeiros Voluntários do Dafundo

O Pai assina o agradecimento oficial dos Bombeiros Voluntários do Dafundo a todos aqueles que fizeram chegar palavras de solidariedade ao quartel.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ao nosso Pai

Pai,

Emoldurei-te ali,
naquela prateleira,
por onde passo
e me detenho,
em mim prazenteira.
Assim, posso ver-te,
apreciar o teu sorriso,
que permanece
na passagem deste piso.
Estás ao alcance
de um olhar,
de um acenar.
Pena,
não poder dialogar.
Terias que deixar a moldura,
passar por mim, de mansinho,
sem sofreguidão
e, como se nada fosse,
perguntar baixinho:

"-Que dia é hoje? Que horas são?"

maria eduarda (Eduardinha)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Desfile Bombeiros Lubango


Entre fotos e videos super 8, imagens do desfile dos Bombeiros Voluntários de Sá da Bandeira/Lubango em Angola, fim dos anos 60, início dos anos setenta, onde os valorosos Bombeiros se mostravam à sua cidade, sempre com o comando de Armando Cardoso Soares, meu Pai.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Exposição de viaturas, material e fardamento - B V Cacilhas - Forum Almada - Janeiro de 2009






Desta vez não levava máquina fotográfica. Tirei-as a partir do telemóvel.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Generosidade sem limites - Comendador D.António Regojo Rodrigues

António Regojo Rodrigues foi um grande benemérito para os Bombeiros Portugueses. Ofereceu autocarros, ambulâncias, equipamentos, fardamentos, etc. Foi criada uma amizade entre ele e o Pai, ao ponto de em sessões públicas, D.António referir-se ao Pai como "O Amigo Soares", "O Camarada", "O responsável pelas ofertas".


Nas fotos, em cerimónias públicas, estando o Pai a seu lado.
Escreveu o Pai no Jornal Bombeiros de Portugal, em Abril de 2004:

No dia 19 de Abril de 2004, D.António assinalaria 100 anos de vida. Infelizmente não aconteceu, pois a morte levou-o a 15 de Junho de 2003, com 99 anos de idade. Não alcançou os 100 anos, que tanto desejava nas conversas que tinha com os seus amigos mais íntimos.

D.António Regojo Rodrigues nasceu em 1904 na vila espanhola de Fermoselle, Zamora, que faz fronteira com Portugal. Veio para cá muito jovem, em 1919, com quinze anos de idade.

Para além de ser um grande benemérito, o seu percurso teve várias facetas dignas de registo. Entre elas, destaca-se a enorme e persistente campanha contra o tabagismo, que correu mundo.

D.António era possuidor de muitos e variados galardões de diversas associações de bombeiros e também de honrosas condecorações dos governos de Espanha e Portugal.

Foi um Homem bom e generoso."