quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Saudade... essa manifestação da ausência que faz questão de estar presente.


DOIS ANOS.
Bem sei que a ideia do blog não é efectuar catarses colectivas, ou buscar tristezas, mas antes deixar viva a chama de um Homem que não era meu, nem "teu" mas afinal pertença de tanta gente...
Bem sei que a ideia é sorrirmos também com aquilo que neste ou naquele momento aqui vamos vendo e através disso - recordando.
Mas hoje, - antes de sorrir porque tive um Pai a sério e que cumpriu a sua missão a todos os níveis, também como ser humano - relembro a noite que passei acordado e como acordei com o telefonema que esperava às 8h em ponto.
E relembro como tudo foi afinal tão natural para mim. Tão doloroso - como é e será sempre - mas afinal tão natural.
"Normal" será os filhos entregarem os pais à sua última morada e não o inverso. E assim o foi também comigo. O que não quer dizer obviamente que não custe... e muito, também por culpa de todo o processo em si... que não foi fácil. E para quem de perto acompanhou e com a inteligibilidade que temos: injusto até.
Mas, aqui deixo hoje uma mensagem de esperança.
Para todos os que ainda vivos relembram tal como eu o Comandante Armando Cardoso Soares, com saudade:
Sorriam!
O meu Pai está bem, continua vivo nos nossos corações e haverá um dia em que todos nos vamos encontrar outra vez.
Pai, daqui um grande beijo para ti.

1 comentário:

maria eduarda disse...

E eu que fui dia 10 para Lisboa, convencida que ainda me deixavam ver o Pai. Nesse dia, o autocarro atrasou-se...