quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A fotografia mais bela

Para a construção deste Blogue, nestes últimos 2 meses, tenho visto muitas fotografias, muitos recortes, jornais, revistas e também, feito muita pesquisa na Internet.
Das fotografias vistas, a maior parte já conhecia. No entanto, esta, é para mim uma das mais belas, senão a mais bela.
Porque, para além de ter captado o exacto momento dos salpicos de champanhe, estão nela as Pessoas, a Instituição que marcaram a minha infância, adolescência e que continuam a marcar o resto da minha vida.

O Pai, embora não esteja completamente visível, é uma das figuras centrais da foto, pela maneira como segura o braço de minha irmã, amparando-a.

A minha irmã Didium, que se encolhe com algum receio, mas que exprime alegria, pelo seu sorriso, igual ao da nossa Mãe.

O Ajudante de Comando, Álvaro Silva, que foi o braço direito do Pai e simboliza os Bombeiros de Sá da Bandeira, Instituição que me habituei a respeitar desde muito pequeno.



sábado, 23 de fevereiro de 2008

Nomeação - 1969

Nomeado representante efectivo das Corporações de Bombeiros Angolanas, no Conselho Provincial de Defesa contra Incêndios.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Curiosidades: Toques de Apito




XX Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses - Viseu - 1972

Os Comandantes das Corporações de Angola, de branco, a abrirem o desfile de encerramento do Congresso, com o Pai no centro da foto.


Notícia publicada no Jornal "O Notícias de Loures" de 15 de Outubro de 1972.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Congresso Extraordinário dos Bombeiros Portugueses - Loures - 1984

Com o tema " Análise da viabilização económico-financeira das Corporações de Bombeiros", realizou-se este Congresso Extraordinário em que o Pai participou como membro do Conselho Fiscal da Liga dos Bombeiros Portugueses.



Foto publicada no jornal "Bombeiros de Portugal", nº 10 de 10 de Setembro de 1984.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

XVII Congresso Nacional de Bombeiros Portugueses - Matosinhos - 1966


Os da frente, são, da esquerda para a direita, Comandante Correia, de Luanda, Comandante Coelho, de Nova Lisboa e Ajudante Comando Álvaro Silva, de Sá da Bandeira. Atrás e à direita o Pai.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Armando Soares: um mito da corporação

Apontamento inserido numa reportagem efectuada nos Bombeiros Voluntários do Dafundo e publicada no nº 185 do "O Correio da Linha" de 24-08-2004.


domingo, 10 de fevereiro de 2008

Um Homem Extraordinário

Título dado pelo jornalista Américo Mateus à entrevista efectuada ao Pai e publicada no Jornal "O Notícias de Loures" de 15 de Outubro de 1972.
As fotos foram tiradas durante a entrevista, em Viseu, no decorrer do XX Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses.





Comandante Jornalista

Desde a sua fundação (1982), e durante vários anos, o Pai foi chefe de redacção do Jornal "Bombeiros de Portugal".

Começámos a esvaziar o gabinete do Pai

Algum dia teria que ser.

E foi hoje.

Lá se começou a retirar a imensidão de diplomas, louvores, condecorações, ofertas, medalhões, participações em seminários, colóquios, cursos... a maior parte deles o Pai sempre os teve em casa. Outra parte estava no Gabinete que tinha nos Bombeiros Voluntários do Dafundo enquanto Presidente da Direcção.

Eu, a minha mãe, o meu irmão Xinho e a minha cunhada Emanuela com a presença do velho amigo Comandante Carlos Jaime. No fundo também ele era como um filho do meu Pai. E é da família. De resto, os Bombeiros do Dafundo serão sempre a minha segunda casa.

Agora é um longo caminho a catalogar, inventariar, classificar tudo. Mais entrevistas, recortes de revistas, publicações... de facto desde os anos 80 que o Curriculum do Pai não anda direito.

Vale a pena travar este caminho. Só juntando tudo é que se tem uma noção clara da dimensão do Homem e da sua obra. E assim organizando-a, servirá para o olhar mais ou menos atento das gerações vindouras.

Mas lá que me custou ver as paredes vazias custou. Não pelas paredes em si. Mas pelo que significava. Mas há que seguir em frente.

Já bem basta a farda dele de Angola, que orgulhosamente representa Portugal num Museu no Japão, com direito a condecoração do Estado Japonês ao Pai.

É tempo de juntar tudo. E depois, só então depois se decidir qual o melhor e mais digno rumo a dar a tudo.

Publicada por Mandinho Dom 09-02-08 às 00:01:00 AM

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Elogio aos Bombeiros de Sá da Bandeira e ao seu Comandante - 1968

Ao longo de mais de cinquenta anos, teve o Pai muitos elogios, condecorações, louvores. Num dos meus posts anteriores, coloquei um elogio já depois da Independência. Este é do Inspector dos Incêndios de Angola, em 1968, que vai ao encontro do que aqui se tem escrito. O Voluntariado que abraçou, não tinha cores políticas, de pele ou de religião. O que está correcto, mas infelizmente na nossa história recente, com outros, nem sempre isso aconteceu.


terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A nobreza de um Homem


A exemplo dos meus irmãos Xinho e Mandinho, escrevo umas linhas sobre o que eles publicaram.

«Dar sem esperar receber» foi o lema que norteou o Pai, enquanto abraçou a vida e a nobre causa do Voluntariado. Considero de grande dignidade, carácter, altruísmo, alguém que se «atira» para ajudar outro alguém, sem esperar nada em troca.

O Pai é o exemplo de um homem com todas aquelas características e obviamente passou aos filhos parte dessa nobreza de carácter.

Estou orgulhosíssima dele e de todas as homenagens que lhe foram e têm sido feitas.

Pensar que ESTE HOMEM é o nosso Pai!

Cumprir a missão para a qual estamos destinados


Ao ler este "último post" do meu querido irmão "Xinho", não consegui deixar de me inspirar para este que agora coloco.
E é exactamente sobre a transversalidade do voluntariado, da missão que o pai abraçou enquanto esteve fisicamente entre nós.
Isso recoloca-me entre pensamentos que tenho tido sobre o meu próprio papel "entre nós, por cá".

A minha paixão pela música (tanta que é, que não posso viver dela, precisamente porque para isso teria que fazer "cedências" - assim é quando de uma profissão se trata, daquela que nos sustenta ao fim de cada mês - e para essas não estou eu disposto naquilo que mais amo na vida), é muito derivada de na arte conseguimos juntar "todos". Brancos, pretos, de esquerda ou de direita, católicos, agnósticos ou satânicos.
E pensando no Pai e na obra que ora nos deixa e no pensamento que cultivou, vamos de encontro à nobreza da missão de não excluindo absolutamente ninguém, "fazer o bem sem olhar a quem".

Que de mais puro existe que oferecermos a nossa vida sem ponderação e sem questionar, a quem possamos pura e simplesmente nem sequer conhecer?

De facto abraçar uma causa dessas anos a fio, a todos tratando como camaradas por igual é uma imagem inspiradora.

Experimentei diversas vezes essa sensação, não na política mas através da música. Na construção de uma frase rítmica, na execução de um solo, num concerto. Não sacrificando a vida obviamente, mas em simbiose com o cosmos.

E quando tocamos verdadeiramente TODOS, aí sim a sensação é sublime!
Dá que pensar...


Publicada por Mandinho ter 05-02-2008 0:53

sábado, 2 de fevereiro de 2008

1976 - Tribunal Judicial da Comarca da Huíla - ao Camarada Comandante dos B V Lubango

Desde pequeno que ouvia o Pai tratar todos os Bombeiros por camaradas, no sentido de pertencerem à mesma associação. Depois do 25 de Abril, modificou-se o uso da palavra, pois camarada significa ser-se militante do Partido Comunista.
Em 1976, data desta carta, Angola estava em pleno período revolucionário, com ligações à ex. União Soviética, o que explica o Camarada Comandante.
Mas, o que quero realçar ao colocar aqui esta carta, é a entrega absoluta do Pai ao Voluntariado, em especial aos Bombeiros Voluntários, nunca olhando às cores políticas, à cor da pele das pessoas, nem à sua religião. Tratava-os de igual modo.
Foi a maior herança que ele me deixou.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Um grande Bombeiro Português oriundo de Angola

Talvez a sua última grande entrevista.
Publicada na Revista dos Bombeiros nº 13 de Março/Abril de 2002.
A ler com atenção, pois para além da sua história passada, que eu tenho estado a colocar neste Blogue, frisa o seu orgulho nos homens que incorporam os Bombeiros Voluntários do Dafundo e, demonstra alguma inquietude no futuro do Voluntariado em Portugal.







quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Saudades

Temos saudades do Arq. José Frederico Bravo de Drummond Ludovice (nosso Tio Zé).
O Tio Zé era um homem culto, amável, delicado, e era adorado por todos (família, amigos, alunos).
Era reconhecido o seu talento nas artes (arquitectura, música,...), e deixou a sua marca indelével em Sá da Bandeira/Lubango, com as suas obras espalhadas pela cidade e que ainda hoje são o orgulho das suas gentes.

Quis o seu filho Leopoldo Ludovice (nosso Léo), colocar a sua obra em Arquitecto José Ludovice, onde ficamos a conhecê-lo melhor.

Sabendo que o Pai tinha pelo Tio, amizade, consideração e orgulho por terem pertencido à mesma família, fica esta pequena homenagem ao nosso Tio Zé.


Foto tirada em 21-01-1969, num jantar do Rotary Club de Sá da Bandeira, sendo o Tio o primeiro da esquerda, e o Pai, o quinto da direita.

Em 2002, amena cavaqueira com a nova geração, seu sobrinho-neto André.

B V Dafundo

Acompanhei de perto, o período da vida do Pai, em que não esteve ligado a nenhuma Corporação de Bombeiros. Tinha vindo definitivamente de Angola, onde pertenceu aos Bombeiros Voluntários de Sá da Bandeira, primeiro como membro da Direcção, Presidente da Direcção, 2º Comandante e 1º Comandante, durante cerca de 22 anos.
As voltas da vida quiseram, que nós fossemos morar para Linda-a-Velha, e que fosse convidado para Comandante dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, passado muito pouco tempo de estar sem farda.
Sabíamos que ia ser assim. Já não conseguia viver sem os Bombeiros. Ficou cerca de 28 anos.
Fica, então, esta homenagem aos B.V. Dafundo, com fotos de um dos seus carros mais antigos, e talvez o mais bonito a nível nacional.

Foto tirada por Luís Miguel Inês e colocada em http://olhares.aeiou.pt/automoveis_antigos_17/foto1230652.html

Foto da família, tirada em 09.04.1989, com 2 dos seus netos (Hugo e André), num dia de comemoração do aniversário da Corporação.

Foto de origem desconhecida, tirada em pleno andamento com condução de orgulhosos Bombeiros.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

3 Horas Internacionais da Huíla

A minha paixão por corridas de automóveis é muito antiga. E o Pai, se calhar involuntariamente, contribuiu para tal. Vejamos:
- Nos anos sessenta, o Pai é o delegado em Sá da Bandeira do ATCA - Automóvel e Touring Clube de Angola, que era quem atribuía as licenças aos "aceleras" e dava todo o tipo de apoio nas provas realizadas, quer rallyes, quer circuitos. Ora desde pequeno que me habituei a ver todo o tipo de material ligado ao automobilismo, nomeadamente revistas da especialidade;
- Nos anos sessenta e setenta, em todas as provas realizadas, os Bombeiros tinham que estar presentes, logo o Pai também estava, logo eu, também, estava.
- Quem foi que me apresentou ao Zé Caputo, o ídolo "chicoronho" dos anos sessenta, conduzindo o seu Cooper S? Quem foi que me apresentou o Nicha Cabral, ídolo português que conduzia BMWs, Lolas, e que ganhou várias corridas, inclusive as 3 Horas da Huíla? Foi o PAI!!



Bonito cartaz alusivo às 3 Horas Internacionais da Huíla e ao XIX Rallye de Sá da Bandeira.


Anúncio mandado publicar pelo Pai, na Revista referente à apresentação do Rallye de Sá da Bandeira de 1964.

Foto do grande Nicha Cabral na curva "João de Almeida", onde ao fundo se pode ver 2 carros dos Bombeiros Voluntários de Sá da Bandeira.

Foto publicada em http://www.nossoskimbos.net/

domingo, 27 de janeiro de 2008

XIX Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses - Aveiro - 1970

Embora já tivesse participado em anteriores Congressos de Bombeiros, este Congresso, marca, em meu entender, o reconhecimento nacional do valor do Pai.
Primeiro, porque discursa em nome de todos as Corporações de Bombeiros em Angola.
Segundo, porque teve imediatismo jornalístico (jornais, rádio e televisão), pelas referências na carta, em que o Pai me responde sobre o seu discurso, que ouvi na Rádio Clube da Huíla e me transmite, que a TV passou o seu discurso.




A carta foi escrita já depois do Congresso terminar, em que responde à minha alusão sobre o seu estado de espírito durante o discurso, e que me dá conta dos meus pedidos feitos antes de viajar para Aveiro.


sábado, 26 de janeiro de 2008

Ao nosso Pai!

Pai,onde quer que estejas,
Não serás esquecido!
Nós, como tu tantas vezes dizias : «Cá estamos!»